Escritor e filósofo francês, Jean-Paul Sartre
nasceu a 21 de junho de 1905, na cidade de Paris. Filho de um oficial da marinha
que morreu quando Sartre era ainda criança, mudou-se com a mãe, sobrinha-neta do
famoso médico e escritor Albert Schweitzer, para junto do avô.
A família partiu para La Rochelle em 1917, por
ocasião do casamento da mãe em segundas núpcias. Após ter frequentado o Lycée
Louis-le-Grand, licenciou-se pela Ècole Normale Supérieure em 1929,
onde conheceu Simone de Beauvoir, que se viria a tornar na sua companheira. A
partir de 1931 trabalhou como professor, tendo a possibilidade de viajar pelo
Egito, Grécia, Itália e Alemanha, onde estudou a filosofia de Edmund Husserl e
Martin Heiddeger.
Em 1938 publicou o seu primeiro romance, La
Nausée (A Náusea), em que exprimia de forma pessimista a sua
constatação do absurdo da vida, e o consequente ateísmo. No ano seguinte, e com
a deflagração da Segunda Guerra Mundial foi engajado para o serviço militar em
1939, mas foi capturado pelos alemães ao fim de um ano e libertado em 1941.
Juntou-se então à Resistência, e contribuiu para publicações periódicas como
Les Lettres Françaises e Combat. Em 1943 publicou a sua primeira
peça de teatro, Les Mouches (As Moscas), escrita em moldes da
tragédia grega e recorrendo à temática da sua mitologia, e em que procura
afirmar a doutrina do existencialismo, de que a responsabilidade dos atos do
indivíduo recai sempre sobre si mesmo, e constitui o melhor exercício da
liberdade.
Com o armistício fundou uma revista, a Les
Temps Modernes, de teor literário e político. Decidiu então dedicar-se
inteiramente à escrita e às atividades políticas marxistas. Em 1946 apareceu o
seu estudo, L'Existencialisme Est Un Humanisme, uma espécie de manifesto
da filosofia existencialista, e La Putain Respectueuse. Les Mains
Sâles (As Mãos Sujas) foi publicado em 1948.
Visitou a União Soviética após a morte de
Estaline, ocorrida em 1953, mas a azáfama política esgotou-o ao ponto de ter de
ser internado durante dez dias num hospital. Defendeu a causa da liberdade do
povo húngaro em 1956 e da do checo em 1968.
Foi galardoado com o Prémio Nobel da Literatura
em 1964, mas recusou a honra como forma de protesto contra os valores da
sociedade burguesa. Uma organização terrorista contra a independência da Argélia
colocou duas bombas no seu apartamento, uma em 1962 e outra no ano seguinte.
Foi presidente do tribunal criado por Bertrand
Russell para julgar a conduta militar norte-americana na Indochina em 1967.
Apoiou vivamente os acontecimentos do 'maio de 68'. Em 1970 foi detido pela
polícia por vender propaganda maoista, na época proibida em França.
Um surto de glaucoma foi prejudicando
gradualmente a sua visão, a partir de 1975, até o ter cegado quase completamente
no fim da sua vida, que ocorreu a 15 de abril de 1980 em Paris, devido a
problemas pulmonares.
Wikipedia (Imagem)
"Nunca se é homem enquanto se não encontra
alguma coisa pela qual se estaria disposto a
morrer."
"O
importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os
outros fizeram de nós."
"Não há necessidade de
grelhas, o inferno são os outros"
Jean - Paul Sartre em 1950
Ernesto Che Guevara reunido com Simone de Beauvoir e
Jean Paul Sartre, em Cuba, 1960
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